O Tomás e as deslocações da mãe

Na sexta fui para Lisboa, regressei sábado ja depois de eles estarem a dormir. 

Durante o dia de sábado confesso que tive pouca disponibilidade para falarmos ao telefone, falei uma vez de manhã quando acordaram e outra no fim de almoço. Foi um dia agitado, uma feira cheia de pessoas, um espaço sempre com imensos clientes e sempre muita azafama. Ou seja, não falei nem dei a atenção toda que queria, que poderia, que deveria, ter-lhes dado. 

Domingo, como de costume, lá acordaram e vieram ter ao nosso quarto. O João estava ótimo, deu-me imensos beijinhos de bom dia, abraços e muitos mimos ( ele é muito meiguinho, especialmente quando acorda). Já o Tomás quase ou nada me ligou. 

Ainda tentei várias vezes uma aproximação, mas parecia o jogo do gato e do rato. Virava-me a cara quando lhe pedia um beijo, mas deixava-se abraçar. Entretanto chegou o pai com o biberão e ele aninhou-se ao meu lado, mas com alguma "distância".

No fim do leite, virou-se de costas para mim, mas sempre muito calado, enquanto lhe fazia festinhas no cabelo. Mas sem dar muita confiança, lá se foi encostando devagarinho. 

Comecei a tentar falar com ele, puxando os temas que sei que não resiste. 
Já quando vi que a conversa estava a fluir quase bem, e ele já não estava tanto à defensiva, perguntei porque ele estava chateado com a mamã. 

Respondeu que estava "tiste". 
Perguntei-lhe se era porque tinha ido para Lisboa e passado a noite fora. Apesar de estar com a cabeça de lado, consegui ver que estava a choramingar. 

" não gosto quando não estás cá", seguido de um " não gosto quando vais para fora". Esta última frase já foi dita a chorar, com os lábios de baixo a tremer. 

Não tenho sequer coragem de pensar que no próximo sábado lá vou eu outra vez. 







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